Cento e treze cidades da Bahia fecharam o primeiro semestre de 2024 sem registro de morte violenta (homicídio, feminicídio, latrocínio e lesão dolosa seguida de morte). Ações de inteligência e repressão qualificada, promovidas pelas Forças Estaduais da Segurança, entre janeiro e junho de 2024, resultaram na redução de 13% das mortes violentas, na comparação com o mesmo período de 2023. Na região da Chapada Diamantina, a Polícia Civil não registrou morte violenta nas cidades de Abaíra, Bonito, Brotas de Macaúbas, Boninal, Central, Ibiquera, Ibitiara, Ipupiara, Lajedinho, Lapão, Mucugê, Novo Horizonte, Piatã, Rio de Contas e Ruy Barbosa.
Dez dias após o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitir o primeiro alerta de vendaval para 100 cidades baianas, um novo alerta foi emitido nesta quarta-feira (31). Dessa vez, 145 municípios do norte, oeste e sudoeste da Bahia têm risco de serem afetados pelos ventos. Segundo o Inmet, os ventos podem chegar a 60 km/h. Entre as cidades afetadas, estão Bom Jesus da Lapa, no oeste da Bahia, e municípios da Chapada Diamantina, como Lençóis, Andaraí, Barra da Estiva, Morro do Chapéu e Palmeiras. Nas localidades da Chapada, as temperaturas têm variado entre 13ºC e 28ºC. Já em Bom Jesus da Lapa, a amplitude térmica é ainda maior, com variações 17ºC e 33ºC. A recomendação é não se abrigar debaixo de árvores, pois há o leve risco de queda e descargas elétricas. Também não é recomendado estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda. 4
Confira as cidades que podem ser afetadas:
Conhecida como "mulher do jegue", a baiana Marinalva Carneiro da Silva decidiu embarcar em uma aventura aos 71 anos. Ela pegou a estrada e vai percorrer uma distância de mais de 1.600 km montada em uma mula. Acompanhada de amigos, ela saiu de Itaberaba, na Chapada Diamantina, com o objetivo de chegar até a cidade de Barretos, em São Paulo, onde acontecerá a 69ª Festa do Peão, a partir de 15 de agosto. "Sempre foi meu sonho ir para a Festa do Peão, mas nunca consegui. Está sendo muito gratificante ir dessa forma, montada. São dois sonhos realizados de uma vez só!", contou. Marinalva trabalha em uma loja de roupas country em Feira de Santana, a 100 km de Salvador. Apesar de morar na segunda maior cidade da Bahia, sempre foi apaixonada pelo estilo de vida do campo e, por isso, se tornou tricampeã baiana de montaria. A paixão pelo estilo de vida também a fez ficar conhecida como "mulher do jegue". Ela criou um jumento chamado Pirulito por muitos anos e costumava levar o animal para os eventos agro que participava. Como muita gente não sabe diferenciar jegues, jumentos e mulas, o apelido "errado" pegou. A "mulher do jegue" virou presença confirmada nos eventos de Feira de Santana e região, mas apesar de participar das montarias, Marinalva nunca tinha passado mais de um dia montada. A ideia veio do grupo de amigos de montaria. Ela recebeu o convite para fazer o percurso de mais de 40 dias, e, depois de um pouco de insistência e ser isenta do pagamento das taxas da viagem, aceitou o desafio, se despediu do filho e partiu com o grupo em direção a São Paulo. A viagem começou em 5 de julho. Marinalva encontrou o grupo em Itaberaba e todos seguiram a caminho de Barretos. A quantidade de viajantes varia, porque muitos dos participantes não conseguem fazer o percurso completo devido a compromissos de trabalho. Apesar disso, ela garante que mais de 10 pessoas farão os 1.600 km ao lado dela. Nas paradas, o grupo dorme em redes e colchões colocados em varandas de fazendas ou no campo. O objetivo é sempre fazer os descansos em locais que os animais possam se alimentar e descansar bem. Até esta terça-feira (30), o grupo já tinha atravessado a Bahia, passado pelo Espírito Santo e está em Minas Gerais, em uma cidade chamada Várzea da Palma, que fica a 300 km de Belo Horizonte. Metade do caminho já foi: 1.022 km. Agora, eles enfrentarão mais 730 km até chegar em Barretos. A previsão é que o grupo chegue na cidade em 15 de agosto, quando começa a Festa do Peão.
Na madrugada de segunda-feira (29/07) um homicídio foi registrado na cidade de Iramaia. Segundo informações o fato teria ocorrido no povoado da Placa, quando após um desentendimento, um homem de identidade ainda não revelada teria morrido após era atingido por uma facada na região do tórax. O homem teria caminhado ainda por alguns metros até encontrar seguranças que faziam patrulhamento na localidade, no entanto quando o SAMU-192, chegou o mesmo já não apresentava sinais vitais, constatando assim o óbito. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal afim de ser necropsiado.
A Feira Literária de Mucugê (Fligê), realizada no coração da Chapada Diamantina, Bahia, mais uma vez proporcionou momentos inesquecíveis para os amantes do livro, leitura e literatura. Em destaque, duas iniciativas da Fundação Pedro Calmon (FPC), unidade vinculada à Secretaria de Cultura da Bahia – a Bibex (Biblioteca Móvel) e o projeto Leve e Leia – conquistaram o público e reafirmaram o compromisso da fundação com a democratização do acesso à leitura. A Bibex, projeto itinerante da FPC, é uma biblioteca sobre rodas que leva conhecimento e cultura a comunidades afastadas e eventos especiais. Na Fligê, a presença da Bibex foi um sucesso estrondoso, com uma vasta coleção de livros que abrange desde clássicos da literatura brasileira até lançamentos contemporâneos. O objetivo da Bibex é simples e poderoso: facilitar o acesso à leitura para todos. Com uma equipe dedicada, a biblioteca móvel oferece não apenas livros para empréstimo, mas também atividades culturais e educativas, como contação de histórias, saraus literários e oficinas de leitura. Durante a feira, crianças e adultos puderam desfrutar de momentos de imersão literária, incentivando o hábito da leitura e a apreciação pela literatura. O projeto Leve e Leia complementa a mesma missão da Bibex, incentivando a troca e o empréstimo de livros em locais estratégicos. Na Fligê, os visitantes podiam escolher um livro e levá-lo para casa, após responder a um quiz literário sobre a literatura brasileira. Para Vladimir Pinheiro, Diretor Geral da FPC, estas iniciativas buscam criar uma cultura de compartilhamento e acesso gratuito à literatura, promovendo a leitura de forma sustentável e comunitária. “Com o Leve e Leia, e a Bibex, mostramos que os livros podem circular livremente, alcançando mais pessoas e fomentando o conhecimento. Tais ações consolidam o papel da FPC como promotora da cultura do livro, leitura e literária no estado da Bahia ", destaca.
Uma nova unidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) será inaugurada nesta quinta-feira (25), na cidade de Mucugê, localizada na Chapada Diamantina. O posto será vinculado ao Escritório Técnico do Iphan em Rio de Contas. Através de nota, o Iphan destacou que a unidade tem como objetivo principal oferecer um serviço mais próximo da comunidade local, promovendo o Iphan como um órgão de orientação e colaboração, além de sua função tradicional de vigilância e fiscalização de bens tombados. No comunicado, o superintendente do Iphan na Bahia, Hermano Queiroz, afirmou que a nova unidade, que funcionará em escala semanal, com um servidor de plantão das 9h às 18h, será fundamental para desenvolver políticas de valorização do Patrimônio Cultural da região, abrangendo tanto sua dimensão material como aspectos de arqueologia, paisagens, patrimônio imaterial e bens móveis. “Mucugê é uma das cidades históricas que mais vêm se desenvolvendo na Bahia, o que implica na abertura de muitos processos que demandam autorização prévia do Iphan, seja para intervenções de restauração e reforma de imóveis, seja para novas construções em áreas de entorno e no conjunto protegido. Com a nova unidade, nossa atuação na cidade será mais qualificada e estaremos ainda mais presentes para garantir que esse desenvolvimento aconteça em par com a preservação desse rico patrimônio, incentivando a participação ativa dos moradores na construção e manutenção de sua história e identidade”, diz Queiroz. A nova unidade funcionará em parte de imóvel cedido pela Prefeitura de Mucugê, na Praça Coronel Propércio, n. 88, 2º andar, no Centro Histórico de Mucugê.
Conjunto urbano tombado
Conhecida por seu rico patrimônio arquitetônico e paisagístico, Mucugê teve seu conjunto tombado pelo Iphan na década de 1980. A cidade, uma das mais antigas da Chapada Diamantina, destacou-se historicamente como um dos principais centros de exploração de ouro e diamantes, junto com Lençóis, Andaraí e Palmeiras. Essas quatro cidades compõem o que é conhecido como Lavras Diamantinas. O patrimônio de Mucugê inclui casas térreas e sobrados característicos da segunda metade do século XIX, além de duas igrejas. Entre os marcos tombados, destaca-se o cemitério da cidade, um exemplo notável da arquitetura e paisagem locais. Situada em um vale amplo e plano, mas cercada por encostas íngremes, a cidade se desenvolveu em torno de uma matriz em “L”, com as igrejas nas extremidades. Uma das pernas do “L” é a Rua Direita do Comércio, que corre paralela ao riacho Mucugê e provavelmente foi o núcleo inicial da povoação. Na convergência dos eixos, existe uma pequena praça, refletindo uma tipologia simples e mononuclear.
Na cidade de Mucugê na Chapada Diamantina, a tradicional festa do povoado de João Correia foi alvo de criticas por grande parte da população, que pelo segundo ano consecutivo, tem se queixado da comissão organizadora e da administração municipal, pelo descaso e abandono. Em 2024, em nota amplamente divulgada, a festa foi classificada como sem estrutura e sem bandas, o que acabou comprometendo com o publico e a venda locais, o que teria deixando muitos comerciantes chateados e insatisfeitos com a pouca vendagem, tendo em vista a quantidade de pessoas presentes. A cavalgada não foi realizada e no único dia a banda Maike José (filho de um dos maiores sanfoneiros do Brasil: Flávio José) desceu do palco sem dar satisfação ao público do que estava acontecendo e ninguém da comissão foi justificar ao público presente o cancelamento do show em cima da hora que chegou a fazer abertura. Horas depois, entrou o cantor Thiago Aquino, onde, novo episódio ocorreu: “O cantor parou a festa pedindo socorro, chamando pessoal da saúde, chamando ambulância, corpo de bombeiro e ninguém aparecia para socorrer uma senhora desmaiada em frente ao palco. Segundo o relato, depois de muito tempo, apareceu a Polícia Militar com amigos e retirou a mesma do local levando para uma calçada ao lado para aguardar socorro. Passado um tempo, ninguém da comissão ou da equipe de saúde chegou para dar suporte. O público em volta vendo esta situação, indignados com total descaso, após horas, levou esta senhora “nos braços”, no meio do público que assistia essa terrível situação, ao Posto de Saúde onde a paciente foi atendida pela técnica de enfermagem da comunidade. Preocupada com os fatos que acontecem no último ano e ainda em 2024, a população local teme pelo abandono da tradicional festa, tendo em vista que a administração municipal, parece que não vêm dando a devida atenção ao evento.
Duas crianças, de 7 anos, morreram afogadas, neste domingo (21), em Ibititá, na região da Chapada Diamantina. As vítimas foram identificadas como João Lucas Dantas Santos e Emanuel Augusto Ferreira Barbosa. Segundo testemunhas, uma das crianças encostou na beira de um tanque para lavar a sandália, escorregou e caiu na água. A outra criança, que estava próxima, tentou segurar o amigo, mas não aguentou e acabou caindo junto com ele. O incidente foi registrado na Polícia Civil de Ibititá que está acompanhando o caso.
Na sexta-feira (19/07), aconteceu a união que pode ser considerada um marco histórico para a cidade de Mucugê. A oposição da cidade, acabou se juntando em uma única chapa para buscar a vitória nas eleições municipais de 2024. A composição terá Roque Hebert como pré-candidato a prefeito e Charles Novaes como pré-candidato a vice-prefeito, com a coligação entre PSD e MDB. A chapa conta ainda com o apoio do ex-prefeito Fernando Medrado. A união dos grupos de oposição em Mucugê, causou um fortalecimento e pode custar a derrubada do atual grupo que está no poder há cerca de 20 anos. Nos próximos dias a convenção partidária confirmará essas candidaturas, bem como apresentará os candidatos a vereadores da coligação.
O Ministério Público da Bahia constatou que 26 loteamentos e condomínios em áreas rurais da Chapada Diamantina podem ser ilegais. O processo para chegar a este número foi iniciado nas próprias secretarias de meio ambiente de cada município, que catalogaram as supostas irregularidades. O MP-BA analisa os casos desde maio do ano passado. Mucugê e Lençóis, municípios que estão entre os mais turísticos da região, foram os que sinalizaram maior número de empreendimentos com suspeitas de ilegalidade: oito. Em seguida, está Iraquara, com seis loteamentos possivelmente irregulares, e Ibicoara com quatro. “Na zona rural, a finalidade é agrícola, não de urbanização. O que tem acontecido é que se tem criado condomínios rurais que trazem graves problemas para o uso do solo, lixo, saneamento”, explica Alan Cedraz, promotor da Regional Ambiental do Alto Paraguaçu, em entrevista ao Correio. A medida tem como base a não urbanização de zonas agrícolas, que impactam o território alterando o modo de vida e os recursos naturais disponíveis. Esse critério é legal e determina que áreas rurais brasileiras não podem ser loteadas, nem o endereço de condomínios de casas ou prédios.